Rolls-Royce Phantom V e VI

Com a demanda por carros desenvolvidos especialmente para Reis e Rainhas, estadistas ou então multimilionários, tanto a Rolls-Royce quanto a Mercedes e a General Motors - através da marca Cadillac - ofereciam em seus catálogos automóveis de luxo espetacular e dimensões gigantescas para que seus nobres clientes não precisassem se contorcer para entrar nos carros. A Mercedes oferecia o mais longo deles, a 600 Pullman, com 6,15 metros, ultrapassando o comprimento do Cadillac Fleetwood limousine em 2,5 cm. Mas os dois pareciam carros "esticados", talvez por existirem versões mais curtas dos mesmos - no caso da Mercedes, a 600 SWB, com 5,45 metros, e os demais Cadillacs sedans, com 5,70 metros.
A Rolls-Royce competia neste segmento com um único modelo desenvolvido e desenhado especialmente para este tipo de clientes, os Phantom V e, posteriormente - a partir de 1972 -, o Phantom VI. Seu comprimento era de 6,04 metros.
O sistema de produção da Rolls-Royce baseava-se em coachbuilders, isto é, a RR desenvolvia o chassis e o motor, e empresas especializadas desenvolviam as carrocerias - o que representva um modelo de produção usual até a segunda guerra, a Isotta Fraschini utilizava carroceria da Cia. Castagna, e assim por diante. No final dos anos 30, a RR comprou uma destas empresas, a Park Ward e, mais tarde a H.J. Mulliner, e então a empresa passou a fabricar os modelos integralmente, mas ainda fornecendo chassis para outras empresas de carrocerias, mais notadamente a James Young e a Hooper and Co.
Quando o Phantom V foi lançado em 1959, a Hooper já não mais existia, e este modelo ficou então com duas carrocerias distintas, a da prória RR - via H.J. Mulliner, Park Ward -, e a da James Young. Esta segunda é considerada a mais elegante de todas, e abaixo podemos ver as duas em fotos comparativas.
O Phantom VI foi uma evolução discreta do Phantom V - incorporando incrementos da era Silver Shadow, como mais tarde o motor de 6.7 litros substituindo o antigo, de 6.2 -, e sua produção foi encerrada em 1991 - o último exemplar foi um landaulete feito exclusivamente para o museu da própria RR, mas uma oferta irrecusável do cliente mais abastado da Cia. - o Sultão de Brunei - fez com que este carro fosse para a frota do milionário.
Evidentemente outro cliente importante era a própria família real inglesa, e alguns exemplares foram desenvolvidos de acordo aos gostos específicos e desejos da Rainha, a qual era atendida por um funcionário designado exclusivamente para atenção da família real.
Tive o prazer de ver um Phantom V ao vivo na França há alguns meses, e em breve postarei duas fotos que um amigo meu tirou, uma vez que, inadvertidamente, eu não possuía máquina fotográfica.

Phantom V by James Young



Phantom V by Mulliner, Park Ward ( Coachbuilder interno da RR )



Phantom V by James Young



Phantom V by James Young - parte traseira e a lateral mais inclinada eram as diferenças da carroceria James Young da carroceria feita pela Mulliner, Park Ward, como se pode observar nas duas fotos seguintes:



Phantom V by Mulliner, Park Ward



Phantom VI by Mulliner Park Ward



Phantom V Cocktail set



Phantom VI back seats - limousine 7 seats



Phantom V Sedanca Deville by James Young



Phantom V Sedanca Deville by James Young






Mercedes 600 Pullman - o grande concorrente dos Phantom V e VI



600 Pullman 4 portas - existia também a versão de 6 portas laterais





Mercedes 600 Pullman cocktail set



600 Pullman back seats




O concorrente americano: Cadillac Fleetwood Limousine 1969





Cadillac Limousine extra back seats



Abração,

Fernando

Muito legal.

Fernando, você saberia dizer mais ou menos a diferença de preço desses carros à época?!! Essa Pullman era enorme mesmo, não?!

Abs

Não, Luiz129, não tenho os valores, mas como o Jeremy Clarkson disse no Top Gear q a 600 era o carro mais caro do mundo em 1963/4, e o Phantom V já existia e era carro de linha, assumo q a 600 era mais cara, especialmente em sua versão Pullman.

Já com relação ao Phantom VI, q tinha o motor do Silver Shadow de 6.7 litros - e não o de 6.2 litros dos primeiros Silver Shadow e dos Phantom V -, não sei como seria a relatividade dos preços.

Caso eu descubra postarei aqui.

Abração,

Fernando

6.9Fan,

Esses carros a gente compra por metro ou tonelada?

Slfan

Hehehehe.

Fernando, obrigado pela resposta. Também irei dar uma pesquisada a respeito.

Slfan, não saberia responder, mas acho que trazendo para o Brasil um desses, vai ter incidência de IPTU!!!rsrsrsrs

Abs

Barcas de respeito.

Belo post, SLFan!

Verdadeiras obras de arte sobre rodas, são atemporais, onde quer que se desfile com um desses vai chamar a atenção. São belíssimos, com uma identidade inconfundível.  

Se não me engano temos Phantom por aqui, só não sei se V ou VI.

Mas é impressionante como os RR e MB são muito mais imponentes e elegantes do que o Cadillac.

Tem um Phantom V em uma coleção no Paraná e outro em Minas.

Mas que a MB 600 era muuuito mais bonita, isso era...

Realmente uma verdadeira obra de arte sobre rodas, o tamanho impressiona qualquer um, o interior é refinado ao máximo com intenso uso de couro connoly e madeira de lei, o rodar é espetacular, os preços atualmente de um destes.......$$$$$$$$$$$$$, abs.

[img]URL=https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/14/ilja.jpg/][/URL][/img][img]URL=https://2img.net/r/ihimg/photo/my-images/69/ph7i.jpg/][/URL][/img]

Alem de ser um carro enorme de 4 potras, havia a versão coupé.

Obras de arte !

Se não me engano Phantom V Coupé só foram feitas 2 unidades, das quais esta é uma.

Abração,

Fernando

Dois modelos além de especiais desenhados pelo Italiano Pietro Frua, os links descrevem um pouco da historia destes dois modelos.






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Há uns 4 anos estive em Paris e houve uma visita oficial da Rainha da Inglaterra. Ela passou, dentre várias avenidas, pelo Blv. Montparnasse (onde eu estava), salvo engano exatamente em um VI verde com interior claro, com a Senhora dentro, em um desfile com mais batedores e segurança que o Obama. Tinha até helicóptero dando apoio!!!

Mas também acho a MB a mais bonita. O americano me dá nostalgia aos filmes do Charles Bronson!!! 

É interessante observar que, em termos Rolls-Royce, os carros da frota real são modelos padrão e sem qualquer mimo extra. Tambem, interessante é que nenhum carro real (usados em desfiles etc.) tem placa de licenciamento devido ao fato que pertençam à nação e não uma pessoa fisica ao contrario dos carros usado pela familia real no dia-dia. Curiosamente, o carro de uso da rainha era um landrover surrado! Acho que a manutenção tambem não era dificil pois ela era mecânica durante a guerra!

Interessante o modelo italiano, deve ser peça unica não vi isso nem em livros que tenho da RR em casa, abs.

O vermelho de 4 portas esteve a venda há pouco tempo, não sei a pedida pois o preço era sob consulta. No anúncio dizia ser peça única sim.

Abração,

Fernando